sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A seguranca

Durante bastante tempo foi um mistério a justificacão para a existência de máquinas de contar moedas (e dar trocos) nas caixas dos supermercados. Os funcionários que estão nas caixas aceitam notas mas orientam os consumidores para as máquinas quando estes pagam com moedas.

Outro mistério era os automóveis andarem sempre com as luzes acesas.

Na verdade havia muitos mistérios:
  • Se há tantos supermercados, porque é que não há LIDL?
  • Porque é que as pessoas não substituem as lâmpadas fundidas?
  • Porque é que todas as portas abrem para fora?
  • Porque é que uma empresa de seguros distribuiu os lucros não pelos accionistas mas pelos clientes?
  • Porque é que a maioria das pessoas da minha idade e mais velhas substituiram os "chumbos" dos dentes?
  • Porque é que os autocarros andam tão devagarinho durante o fim de semana?
  • Porque é que tenho que ir assitir a um curso de seguranca que dura uma semana inteira?
Todos os mistérios têm de facto a ver com a seguranca. O que é uma espécie de compensacão para a quantidade de coisas perigosas que eles fazem, como, por exemplo, saltos de esqui, beber água dos riachos, conduzir em cima do gelo, pescar garanguejo-rei, extrair petróleo no Ártico, etc.

Vou esclarecer apenas o mistério de abertura desta mensagem. A razão para as máquinas de contar moedas é que as moedas norueguesas são das que possuem maior teor de níquel. E o níquel é um alergénico. E há um risco elevado de os funcionários dos supermercados desenvolverem alergia aos trocos. E funcionários alérgicos ao dinheiro não rendem. Mais vale ter máquinas de contar moedas.

É claro que isto da seguranca é uma coisa cultural. A cena dos atentados de 22 de Julho em Oslo e Utøya ainda veio intensificar mais o conceito de seguranca, nao do ponto de vista militar (nem fascista) mas como sendo algo que as comunidades devem precaver colectivamente.